TECNOLOGIA NA ESCOLA
Com o uso da tecnologia de informação e comunicação, professores e alunos têm a possibilidade de utilizar a escrita para descrever/reescrever suas idéias, comunicar-se, trocar experiências e produzir histórias. Assim, em busca de resolver problemas do contexto, representam e divulgam o próprio pensamento, trocam informações e constroem conhecimento, num movimento de fazer, refletir e refazer, que favorece o desenvolvimento pessoal, profissional e grupal, bem como a compreensão da realidade.
Temos assim a oportunidade de romper com as paredes da sala de aula e da escola, integrando-a à comunidade que a cerca, à sociedade da informação e a outros espaços produtores de conhecimento, aproximando o objeto do estudo escolar da vida cotidiana e, ao mesmo tempo, nos transformando em uma sociedade de aprendizagem e também da escrita.
Para alcançarmos o patamar de uma sociedade da leitura, da escrita e da aprendizagem, precisamos enfrentar inúmeros desafios, vários deles no interior da escola. O uso da nova tecnologia para a resolução de problemas do cotidiano que favoreçam a articulação entre as áreas de conhecimento, ao mesmo tempo que propiciam o aprofundamento de conceitos específicos e levam à produção de novos conhecimentos; a flexibilização do uso do espaço da escola e do tempo de aprender; o desenvolvimento da autonomia para a busca e troca de informações significativas em distintas fontes e para a respectiva utilização dos recursos tecnológicos apropriados.
Quem de nós não se lembra dos ditados de palavras e das regras gramaticais decoradas sem que soubéssemos em que situação poderíamos empregá-las? Da mesma forma, sem conseguir atribuir significado, memorizamos datas históricas, acidentes geográficos, ossos do corpo humano, fórmulas matemáticas e executamos infindáveis seqüências de exercícios com a justificativa de que um dia isso nos seria útil!
Não queremos com isso dizer que o conteúdo perdeu a sua importância, mas salientamos a necessidade de mudar a forma de trabalhar conceitos, informações, procedimentos e regras, procurando partir do que é significativo para o aluno, e criar situações que favoreçam transformar os conhecimentos do senso comum em conhecimento científico.
O professor não é culpado por essa situação. Ele foi preparado para cumprir esse papel, cujo desempenho deve voltar-se para o ensino de um conteúdo programático definido fora da sala de aula, para ser seguido da mesma maneira em diferentes contextos.
felizmente, aumenta de forma abrupta o contingente de professores inconformados com essa situação, em busca de alternativas para encontrar novos caminhos em que possam empregar a escrita e outras formas de representação para contar a sua história, registrar o seu cotidiano, a sua escola e o seu mundo, compreendendo o passado para agir no presente e construir o futuro. Esses professores sentem necessidade de levar seus alunos a se tornarem escritores de sua próprias histórias e experiências, sujeitos de suas vidas.